Queda de avião na Índia: piloto desligou motores após decolagem, aponta relatório

Um relatório preliminar sobre a queda de avião na Índia, que matou 260 pessoas em 12 de junho, foi causada pelo desligamento dos motores segundos após a decolagem. Os registros do voo AI171 da Air India mostram que os botões de combustível dos dois motores foram movidos para a posição de corte apenas três segundos após a aeronave deixar o solo.

A gravação da cabine captou o momento em que um dos pilotos, surpreso, perguntou ao outro por que havia cortado o fornecimento de combustível – e o colega negou ter feito isso. Embora o documento evite conclusões, os especialistas apontam que os botões têm proteção e só podem ser acionados de forma proposital.

A caixa preta também mostrou que os flaps, responsáveis por auxiliar na sustentação, estavam corretamente posicionados, descartando falha nesse sistema. As informações são da coluna Aviação, de Luiz Fara, do portal R7.

Testes no combustível indicaram qualidade adequada. Por isso, a principal linha de investigação foca em falha ou ação humana, e não em problemas técnicos.

Ainda segundo o R7, cerca de 12 segundos após o desligamento, os pilotos tentaram religar os motores. Um deles começou a responder, mas o outro não recuperou a potência a tempo.

O avião colidiu com um complexo residencial e educacional, matando também 19 pessoas em solo. Apenas um passageiro sobreviveu, gravemente ferido.

O Boeing 787-8 da Air India caiu em 12 de junho, logo após decolar do aeroporto de Ahmedabad, na Índia. A aeronave levava 242 pessoas, entre elas 230 passageiros e 12 tripulantes, rumo ao aeroporto de Gatwick, em Londres, Reino Unido.